sábado, 28 de agosto de 2010

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Desanuviô dotô,
Os pássaro tão de vorta nas foia das arve
A terra tá fumaceando
A neblina tá subindo pro céu

Os bois eu já sortei, dotô
Tão tudo lá no pasto
Comendo e drumindo,
Acordando e vagando prá ninhum lugá.

As barranca que desceu na chuvarada
Nóis, os peão tamo limpando
Sua estrada vai tá limpa amanha
Nem suja as bota sua muié num vai.

Craro que vai demorá uns pouco
Pra tudo vorta nos lugá
Tem teiado com gotera
Tem cerca prá arrumá.

Só uma coisa num tem cunserto, dotô
Nossos barraco que o sinhô nos cedia
Foi simbora com aquele mar
Todas nossas coisa tá na lama
Virou um brejo nosso quintar
Nóis tudo sabe que o dotô também tem seus pobrema
Que se pudesse havera de nos ajudá
Mas bem queria que o sinhô falasse era com Deus
Aquele qui o dotô tem no altar
Podia dizê pra'Ele que Amâncio, este vosso criado
Está muito chateado e de coração partido
Pois Ele deixou que sua fiinha de 8 mês
Rolasse junto com as traia e o barro fedido.

Mas num se amofe não dotô... Nóis é peão de longa data... daqueles de dormi nu frio do relento.
Mesmo com a alma trincada de sardade da minha menininha.. num havera eu de fazer valê meu talento?

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